Aniversaria hoje o meu sobrinho Helton Silva, no auge dos seus 35 anos de caminhada. Sempre o vejo meio que descompromissado com as coisas que a vida nos impõe. A tocar sua viola, a viver sua vida! Mas sei que não é bem assim. É impressão minha! Enquanto, envolto com meus poemas, eu vou vivendo com a dura responsabilidade de criar e criar! Foi numa dessas observações que criei o soneto Seria bom. Parabéns!
SERIA BOM
Pro Helton, sobrinho.
É tão bom ter a mente sempre vaga,
e não se preocupar em fazer versos;
ser anônimo, ter outro universo,
outro zéfiro que meu rosto afaga!
É tão bom concorrer a outra vaga,
e dos poemas, ser sempre meio disperso;
e, no mar de palavras, não está imerso,
e esquecer para sempre a sua saga!
Seria bom, se no abrir das cortinas,
fosse branda, essa minha triste sina...
Eu viveria como qualquer um!
Mas só tive no meu destino a sorte
de carregar nos ombros o suporte,
que carrega todo homem incomum!
Miguel de Souza
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