sábado, 15 de julho de 2017

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Qualquer ruído nessa noite me assusta. Nessa noite não é permitido qualquer ruído. A presença de quem quer que seja nessa noite me assusta. Não lhes dou a permissão de transpor essas paredes ignorando a porta. A porta para eles não tem serventia. O concreto não existe, o palpável não se palpa. Eu sou o futuro de um passado sem presente. A vida da vida da vida, eu sou. Não tenho medo. tenho fé.

Miguel de Souza

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