(*)
Que as musas mitológicas
Vindas em dourados carros
Cheguem da fonte poética
Trazendo água nos jarros:
Dêem-me a taça predileta
Onde bebeu o poeta
Leandro Gomes de Barros.
Pois além de pioneiro,
Leandro foi um gigante
À poesia popular
De legado relevante
Escreveu drama e tragédia
Fez gracejo e fez comédia
Com sua lira atuante.
Em mil oitocentos e
Sessenta e cinco nascia
Há dezenove do onze
Na fazenda Melancia
Na Paraíba em Pombal
Veio Leandro, afinal,
Fazer o que bem queria [...]
Klévisson Viana
* Trecho do cordel em homenagem a Leandro Gomes de Barros.
Drummond demonstrou grande apreço à poesia de Leandro Gomes de Barros. Afirmando, no Jornal do Brasil, em edição de 1976, que:
"Os 39 escritores que elegeram Olavo Bilac, príncipe dos poetas brasileiros, eram mal informados, pois o título só caberia a Leandro Gomes de Barros, nome desconhecido no Rio de Janeiro, local da votação, mas vastamente popular no Nordeste do país, onde suas obras alcançaram divulgação jamais sonhada pelo autor de "Ouvir Estrelas".
"Um é poeta erudito da cultura urbana burguesa média; outro, planta sertaneja vicejando à margem do cangaço, da seca e da pobreza".
Drummond ainda fala que:
"Não foi príncipe de poetas do asfalto, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em
estado puro".
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