O dia 16 de junho é uma data festiva que o mundo inteiro comemora, denominado Bloomsday, em homenagem a James Joyce, o autor de Ulisses, romance cujo protagonista é Leopold Bloom. Belo Horizonte - MG, Santa Maria -RS, São Paulo - SP, Rio de Janeiro - RJ entre outras, são algumas das cidades que comemoram esta data. E Manaus, agora passa a fazer parte desta lista, através do Clube Literário do Amazonas (CLAM), que no último dia 16 comemorou o dia do Bloom com um sarau intitulado Bloomsday.
PROGRAMAÇÃO BLOOMSDAY
20 h - Ulysses
Performance Joyciana - Leitura de Ulysses
por Jorge Bandeira
Performance Nonsense
Grupo Metaphora
Sarau
Musical Lira da Madrugada
Mauri MRQ e Zemaria Pinto
Poetas do CLAM
Gracinete Felinto
Eylan Lins
Miguel de Souza
Convidado Especial
Celestino Neto
Literatura de Cordel
Edivan Rafael
Zémaria
James Joyce (1882 - 1941) nasceu em Dublin na Irlanda em 2 de fevereiro de 1882. Filho de rica família católica, recebe uma rígida formação com padres jesuítas, contra a qual mais tarde se rebela. Foi aluno da Universidade de Dublin, onde estudou inglês, francês e italiano. Participou de grupos de literatura e teatro.
Suas primeiras experiências literárias são conservadoras, marcadas pela influência do realismo de Ibsen e pelos simbolistas. É o caso dos poemas em "Música de Câmara" em 1907, seu primeiro livro. Em 1914, publica a "Coletânea de Contos Dublinenses" e, em 1916, "Retrato do Artista Quando Jovem", reminiscências de sua infância e adolescência em Dublin.
Em 1922, publica "Ulisses", cuja história passa-se em um único dia, 16 de junho de 1904, em Dublin. Seus personagens Stephen Dedalus, Leopold Bloom e Molly Bloom, enfrentam situações correspondentes aos episódios da Odisséia, de Homero. Nessa obra, Joyce reinventa a linguagem e a sintaxe. Radicaliza a linguagem narrativa, explorando processos de associação de imagens e recursos verbais, paródias estilísticas e o fluxo da consciência. Também incorpora teorias da psicanálise freudiana sobre o comportamento sexual. O livro é proibido no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde só é liberado em 1936.
Joyce sofre seguidas cirurgias em razão de problemas na visão. Sua última obra é "Finnegans Wake" (1939), Na qual leva às últimas consequências as inovações estéticas e linguísticas apresentadas em Ulisses. Morre no dia 13 de janeiro de 1941, em Zurique.
nonsense
para Jorge Bandeira
... a intuição
mágica
do artista
sob a luz da criação
entre o lúcido clown
e o lúdico mágico das artes
entre o ritmo do Sigur
e o cine control
entre o texto do Beckett
e o contexto do Kafka
entre o sânscrito do Ramayama
e o uivo do Ginsberg
entre os cantos do Lautréamont
e os do Drummond
entre as flores do Baudelaire
e o ulisses do Joyce
entre o blue jeans
e o naturalmente nu
entre o muito pouco
e a plenitude do instante
entre a astronave dos livros
e o teatro dos livres
entre o absurdo da vida
e o óbvio ululante da morte
todos nós
...entretanto...
entreatos
a iluminante e luminosa
arte de ser Sendo...
Nelson Castro
Lisonjeado com uma pequena pérola que Jorge Bandeira dedicou a mim neste dia do Bloom. Obrigado irmão!!
Bloomsday. 16. junho. 2015. Manaus
Este poeta
tem algo de útil
na sua figura de
Quixote. De sonho
e de delírio.
Não causa amargor
nesta tua caligrafia
do amor letrado.
Jorge Bandeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário