Imóvel como uma esfinge,
de "coca", bem firme à proa
de uma vetusta canoa,
o "caboco" rijo, finge
ser uma "estalta" viva!
Nem a "mutuca" que pousa,
e nem uma 'galça" que ousa
voar, mas logo se esquiva,
tiram a concentração
do "caboco", que intacto,
não causa nenhum impacto,
armado com seu arpão!
Envolto em "mureru",
na pesca do pirarucu.
Miguel de Souza
In: Poemais
P.66
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