sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O PATARRÃO



Lembro de tantas personagens, tantas!
Que preencheram minha doce infância...
Não se perderam em meio à distância,
E, revisitam-me minha mente... Oh, quantas!

O “Patarrão:” – Êta velho sacripantas!
Morava de aluguel em uma estância,
Sobressaia-se em meio à concamitância
Daqueles que afrontavam sua santa

Paciência por causa dessa alcunha!
Aí, ninguém, ao menos, supunha
Das loucuras de que ele era capaz:

Certa feita, correu atrás de mim,
Como um habilidoso espadachim,
Culpando-me por ser um tanto falaz.

                               Miguel de Souza

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