João Bicudo, citado no poema em prosa nº 8, foi um personagem
da minha infância que se tornou um “bebum”. A ele dediquei este soneto:
JOÃO BICUDO
Ainda o vejo sem os tropeços da vida,
a
Dedilhar a desafinada viola;
Ainda o vejo a me ver jogando bola,
Resguardado p’la infância querida!
Mas o tempo tirou sua nobre lida,
Foi, na sua vida, essa dura escola;
Em doses de cachaça, hoje, se atola,
E adormece ao relento... a esquecida
Vida do nobre amigo João Bicudo.
Sempre contente, nunca o vi sisudo.
A me chamar também de Miguelzinho...
Agora o vejo no correr dos anos,
Sofrendo, dessa vida, os maiores
danos,
“Bodado” nas calçadas, sempre
sozinho!
Miguel de Souza
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