sexta-feira, 31 de julho de 2015

SINA DE AGOSTO

O sol descamba nímio na costura
irregular talhada por serras...
Para trazer calor à imensa terra,
e à vida, essa ínfima postura!

Que ao perpassar, o tempo soterra,
para o véu do atro -(in)dócil candura!-
Com o tempo mudável, que dura
trinta e um sóis que a existência encerra!

Teus rijos dias trazem as mudanças,
no decorrer irrefreável do ano,
transformando quimeras em desgostos...

E, coitado daquele que se lança,
no viver duro do cotidiano, a
modificar a sina de agosto!

               Miguel de Souza

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