Resposta em forma de poema.
Sei lá!
Talvez no vento que bate no rio,
no cicio que vem das espumas;
ou na vida a passar sem pressa,
e confessa a cor dessas brumas.
Sei lá!
Talvez na brisa que sopra nas folhas,
ou na bolha que se desfaz frágil!
Ou no sol que empresta seu lume,
com ciúme do tempo tão ágil!
Sei lá!
Talvez no amor a florir os caminhos,
ou carinhos no vão desse tempo;
ou no ódio, antônimo do bem,
que não tem regaço no templo.
Sei lá!
Talvez no sol nesse vasto ocaso,
por acaso no dia que se vai...
Ou na lua a surgir tão bela,
aquarela num átimo haicai.
Sei lá...
Miguel de Souza
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