O MATADOR DE FORMIGAS

Quantas vezes sentado nessa porta,
vislumbrei Papai para minha intriga,
com a unha, a assassinar muitas formigas,
que agonizavam esmagadas, tortas!
E após essas formigas todas mortas,
o meu Pai, como sem sentir fadiga,
numa fase do tempo já antiga,
em que meu pensamento se transporta...
Limpava, no batente, a sua unha,
num tempo sem revolta, nem mumunha,
mas com toda a paz que há na alma.
Posso vê-lo mais uma vez ainda,
numa época muito, muito linda,
com muita paz, tranquilidade, calma!
Manuel Rodrigues de Souza Filho Miguel de Souza