Dizem que tu não tens primavera!
E, tampouco, que tens outono!...
Mas, o Supremo Deus, lá do seu trono,
não se esqueceu de Ti... Oh! cidade vera!
Se alguma outra cidade... (Quem me dera!)
Fosse igual a Ti, tela de cromo!
Pelo verde, vermelho, azul... Que somos!
Ou, pelo menos, se mais cor tivera!
E, ao invés de quatro, fossem duas
as estações efêmeras do ano,
e as outras duas fossem perenes...
Eu me extasiaria com as tuas
cores, com os olores do cotidiano,
com o trocar das folhas tão solenes!
Miguel de Souza
In:. Poemais
P. 61
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