O “Fumaça” não se foi qual fumaça,
Como se foram muitos desse tempo.
Nos percalços da vida, contratempos,
A ingerir também doses de cachaça.
Como um bruto zagueiro, ele rechaça
Bem pra longe essa tal bola-tempo,
Em vão... Pois fica sempre o tal
exemplo,
Ou bom ou mau que nunca mesmo passa.
Tenho asco dos que de ti, sentem
asco,
Querido companheiro da infância,
Do qual o tempo, a meu ver, foi
carrasco.
Como poeta que sou, extraio substância
Das substâncias contidas em frascos,
E oferto a todos minha repugnância!
Miguel de Souza
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