Um dos meus poemas Reforma
Agrária, foi premiado no VI Concurso Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro
Pereira” 2004, na categoria POESIAS POLÍTICAS. O interessante disso tudo, é que
eu só fiquei sabendo agora, pois a remessa que haviam me enviado via correios
se extraviou e não chegou até a mim. Garimpei o dito cujo na Estante Virtual,
um site que vende livros pela internet. E, em menos de uma semana da compra, o
carteiro bate à minha porta com o livro em mãos. Que eficiência, hein!
Olhei com um pouco mais de carinho para este poema, não que
os outros não mereçam o mesmo gesto. Mas me lembrei de como ele surgiu: foi
através de uma notícia de rádio. O jornalista Paulo Guerra da Rádio Difusora
dava uma notícia sobre membros do MST que estavam entrando em conflito com a
polícia em Rondônia.
De súbito, achei aquilo tudo um bom enredo para um poema, e
quase que automaticamente, peguei lápis e caderno e de um fôlego só, compus
este poema que há doze anos havia me dado a honra de ter sido um dos vencedores desse concurso. (Primeiro Lugar Medalha de Ouro).
REFORMA AGRÁRIA
Aquela terra num abandono
Parece não ter dono
Mas não foi bem assim...
De repente houve a guerra
Por um pedaço de terra
Que todos queriam, sim!
De repente houve a batalha
Para o começo da insônia
Lá pelas bandas de Rondônia.
E por mais que a terra valha
Não adianta essa luta
Essa terrível disputa
Que pelo Brasil se espalha!
Miguel de Souza
In: Pérgula Literária VI
P: 248
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