São tristes esses dias de novembro,
a se arrastarem plenos para o natal!
Em outros tempos, se bem eu me lembro,
não era assim, com essa forma fatal,
a perdurar intacto por novembro
a dentro... Havia outros ares, afinal,
para a chegada, enfim, de dezembro...
E, sem essa tristura tão banal!
Havia em cada face, uma possível
ternura, pela data tão incrível,
a se tornar cada vez mais propínqua...
Não essa tristeza a perdurar agora,
-antônimo dos tempos idos de outrora-,
a se perder em estrada tão longínqua!
Miguel de Souza
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