domingo, 18 de setembro de 2016

POEMA









desfile

teus braços:
-dois pêndulos-
no ir e vir na
contramão
do espaço,
ladeando
o corpo
trigueiro,
esbelto e
bem brasileiro...

tuas mãos soltas:
-folhas ao vento-
no rodopiar
do momento,
parece flutuar
no etéreo
escondendo
possível
mistério!

tuas pernas:
-duas setas-
expostas
a desfilar
nessa passarela:
a rua,
quando por ela
anda
uma mulher
sob a luz
falsa da lua.

Miguel de Souza


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