“Os caminhos Por Onde Andei” de Manoel Assis, o Poeta da
Juventude, é um livro de poemas que reúne boa parte da criação desse incansável
aedo, que tive o prazer de conhecer nessas minhas andanças poéticas por esta
difícil Manaus.
Ainda traz no bojo um tipo de poema que o poeta chama de
Pronectus (invenção sua), uma forma de sentido ao dês-sentido.
********Pronectus*********
Imaginário, trágico, belo, místico e
Sedutor, pois se meu canto é primazia
Em brasas e meu peito flui por entre
Nuvens é porque sei sonhar; se minha
Aura resplandece vida não temerei a
Morte e eterna será minha face na
Retumbância gloriosa do universo.
Afinal, o amor valeu a pena.
Dentro de uma criticidade aguçada, o poeta esbanja talento no
seu “Novo Hino Nacional Brasileiro”. Paráfrase do Hino Nacional, muito bem
escrito por sinal.
”Ao
Dileto Caminheiro
dos tempos e das horas
Miguel de Souza:
o fruto das minhas
noites mal dormidas”
Abraço do Poeta
Manoel Assis
19/12/2015
BIOGRAFIA
MANOEL NUNES DE ASSIS NASCEU NO DIA CINCO DE AGOSTO DE 1968
NA FAZENDA LAGOA DOS PEIXES, DISTRITO DE AÇUDINA, MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA
VITÓRIA - BA. FILHO DE LAVRADORES. SEUS
PAIS: JOSÉ NUNES DE ASSIS E LOÍLIA
XAVIER DE ASSIS. PASSOU A INFÂNCIA NA ZONA RURAL. AOS 11 ANOS DE IDADE MUDOU-SE
PARA SANTA MARIA DA VITÓRIA, ONDE MOROU E ESTUDOU NO INTERNATO DA EDUCADORA
DONA ROSA MAGALHÃES, OCASIÃO EM QUE DESPERTOU O GOSTO PELA LITERATURA. FOI
LÍDER ESTUDANTIL, PARTICIPOU DO GRUPO DE JOVENS DA IGREJA CATÓLICA E FICOU
CONHECIDO COMO “POETA DA JUVENTUDE”. É MEMBRO DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DO
TERRITÓRIO DA BACIA DO RIO CORRENTE- BAHIA. MUDOU-SE PARA MANAUS EM 1988,
COORDENOU O PROJETO LITERÁRIO DA FOLHA DO POETA, ENCONTRO POÉTICO NAS ESCOLAS E
GANHOU NOTORIEDADE PELA DRAMATIZAÇÃO DE “O BARQUINHO DE PAPEL”, POEMA QUE CONTA
A SUA HISTÓRIA. O POETA NÃO TEM COMPROMETIMENTO COM NENHUM ESTILO LITERÁRIO, O
INTUITO É TRANSMITIR AOS LEITORES ALGO QUE OS FAÇA UM SER HUMANO CRÍTICO,
REFLEXIVO E MAIS FELIZ.
BALADA ALADA
Para Manoel Assis
E se não queres ler os livros
De matéria dura, concreta
Desses amigos tão cativos
Ou dos famosos poetas
Ser mais um dos “poucos” leitores
Leias, ao menos... Que beleza!
Pela magia dessas cores
O livro da natureza!
E te sentirás redivivo
Tua vida será completa
Porque passarás pelo crivo
Do poeta desses poetas
Esses loucos, falsos atores
Mas leias com toda clareza
Essas páginas multicores
Do livro da natureza!
E a tua inspiração ao vivo
Cumprirá assim essa meta
A de que também não me privo
De como menor poeta
Revelar a outrem minhas dores
Como tu fazes, com certeza
Se por ventura ler, fores
O livro da natureza!
Ofertório
A poesia da qual me sirvo
Bem sortida nessa mesa
Não está presente nos livros
Mas no livro da natureza!
Miguel de Souza
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