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Poetisa de um lirismo fortemente marcado por sua terra, pôs em versos, de aparência parnasiana, o erotismo e a liberdade que expressou e assumiu pioneiramente na obra como na vida.
Não usava máscara diante dos problemas da vida, nem subterfúgio ao expressá-los em seus autênticos sonetos.
Obras:
Livro de Mágoas (1919),
Livro Soror Saudade (1923),
Charneca em Flor (1930) e
Reliquiae (1931)
Na passagem de 7 para 8 de dezembro de 1930 -ritualisticamente no dia de seu aniversário- Florbela d'Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo uma dose excessiva de Veronal. Algumas décadas depois, em maio de 1964, seus restos mortais são transportados para Vila Viçosa.
MAGNITUDE
Para Florbela Espanca
Solidarizo-me com os teus versos
Oh, magnânima poeta portuguesa
Tu que cantaste a tua natureza
e, espalhaste por todo esse universo
Teus sonetos tão cheios de beleza
e, ao mesmo tempo, tão contraversos
que a quedar-me estaticamente imerso
chego, por todo esse talento, com certeza!
Poeta triste, e de feição tão amena
que comovia a todos! E serena
por traduzir ao mundo tal lirismo.
Qual este ser que não se comove
ao ler: "Livro de Mágoas" de 1919
e no livro seguinte: "Fanatismo".
Miguel de Souza
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