O poeta Carlos Drummond de Andrade se despediu da copa de 1978 com um poema:
FOI-SE A
COPA?
Foi-se a Copa?
Não faz mal.
Adeus chutes
e sistemas.
A gente
pode, afinal,
Cuidar de
nossos problemas.
Faltou
inflação de pontos?
Perdura a
inflação de fato.
Deixaremos
de ser tontos
se chutarmos
no alvo exato.
O povo,
noutro torneio,
Havendo
tenacidade,
Ganhará,
rijo, e de cheio,
A Copa da
Liberdade.
E eu, vinte
anos depois, dei as boas vindas à copa de 1998. Confiram:
Bem-vinda!
Que seja bem
vinda a copa,
Junto ao mês
de junho...
E que, do
Brasil, a tropa
Aja com
garra e punho!
Que daqui do
nosso campo,
Faremos a nossa
parte!
Com um
futebol bem amplo,
Seremos
campeões com arte!
E, logo
após, a copa que finda,
Reinicia a
nossa luta!
Que esta
copa seja bem vinda,
Nossa copa
da labuta!