domingo, 25 de junho de 2017
sábado, 17 de junho de 2017
CORRE MAIS QUE UMA VELA...
Corre mais que uma vela, mais depressa, Ainda mais depressa do que o vento, Corre como se fosse a treva espessa Do tenebroso véu do esquecimento. Eu não sei de corrida igual a essa: São anos e parece que é um momento; Corre, não cessa de correr, não cessa, Corre mais do que a luz e o pensamento... É uma corrida doida essa corrida, Mais furiosa do que a própria vida, Mais veloz que as notícias infernais... Corre mais fatalmente do que a sorte, Corre para a desgraça e para a morte... Mas eu queria que corresse mais!
Emiliano Perneta
sábado, 10 de junho de 2017
SANTO ANTÔNIO
A Vós dirijo-me, ó meu Santo Antônio.
Vós, o Santo que tanto, tanto admiro!
Sobre Vós, forte pensamento miro,
para que me livrais do caos medonho!
Vós que unis os casais em matrimônio,
assunto pelo qual, o coração firo!
Mas numa dessas voltas, num giro,
espero que realizais meu sonho!
A Vós, ó meu humilde Santo Orago,
este simples soneto faço e trago,
(uma pequena homenagem a Vós!)
Inundais, ó meu Santo, o mundo vago
de amor, de paz, namoro, de afago...
E dais-nos sapiência a todos nós.
Miguel de Souza
sábado, 3 de junho de 2017
DOIS NÚMEROS
8
O oito deitado
para dormir
virou símbolo:
- infinito!
Mas, ao levantar-se,
pela manhã,
sempre afoito!
Volta de novo a ser o terminável oito.
Miguel de Souza
9
Não, o nove
não me comove!
Nem move
outro número.
Porque o nove
noves-fora: zero.
Pelo nove
não sinto love!
E quem sentir que prove.
Miguel de Souza
O oito deitado
para dormir
virou símbolo:
- infinito!
Mas, ao levantar-se,
pela manhã,
sempre afoito!
Volta de novo a ser o terminável oito.
Miguel de Souza
9
Não, o nove
não me comove!
Nem move
outro número.
Porque o nove
noves-fora: zero.
Pelo nove
não sinto love!
E quem sentir que prove.
Miguel de Souza
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